terça-feira, 11 de novembro de 2014

POEIRA 2008 - Um vinho inesquecível!

Para um dia muito importante tinha de escolher um vinho à altura, um vinho que fosse também inesquecível... Consegui.

Poeira 2008, num ano que na generalidade não deixou muitas saudades, surge este néctar maravilhoso, surpreendeu-nos de tal forma que não tenho palavras para descrever, só mesmo experimentando... aconselho! 

Um grande vinho para um dia inesquecível.


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

QUINTA DOS FRADES Vinhas Velhas 2009

Um vinho que apenas é feito em anos excepcionais, uma pérola que pude desfrutar...


 
Cheio de mistérios para quem gosta de vinhos que nos intrigam e nos deixam com vontade de o conhecer e explorar melhor. Cada trago é uma experiência única e irrepetível, já que o seguinte será sempre diferente, há que aproveitar um a um. A boa noticia é que o nível é crescente. 
Um vinho com uma acidez perfeita que vai crescendo em volume e estrutura. Uma cor aliciante escura, aroma intenso e elegante, deixou-nos a viajar cheios de expectativa para o que aí vinha, o sabor completo, encorpado com uma acidez perfeita que lhe confere uma frescura única e um final muito prolongado.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Foz Torto 2010, um vinho gastronómico



Um projecto que até podia dar para o torto, mas felizmente torto só ficou com o nome...

Um engenheiro informático larga tudo em Lisboa para se dedicar à sua paixão, o vinho. Valeu a pena a coragem e dedicação, uma experiência a não perder!

A história desta prova começa na ida a um restaurante que simpaticamente aceitou que levássemos a garrafa sem sequer cobrar taxa de rolha, o Cantinho de S. Pedro. Depois de nos deliciarmos com as óptimas entradas, acompanhadas com uma imperial, passámos ao primeiro prato: uns crepes de lagosta, onde o vinho teve a sua primeira prova. 
Tenho de confessar que a sintonia entre o vinho e este prato não se fez sentir na perfeição, as características que mais tarde descobri no Foz Torto não se destacavam, eram como um casal que não era feito um para o outro, o vinho mostrava-se um pouco rude, deixando-me apreensivo. Passámos a um entrecote marchand de vin, onde encontrou o par ideal, a sua alma gémea, todo o seu potencial era elevado ao seu expoente, o vinho passou a um esplendor único, sobressaia o sotaque apimentado que nos confundia os sentidos, lembrando terra molhada, com uma acidez muito interessante que tornava o seu final inesquecível. Um casamento perfeito onde cada um fazia despertar o que de melhor o outro tinha.

Foz torto 2010, um vinho que foge ao convencional, um bom parceiro a mesa com pratos de carne, cheio de especiarias, com toques de pimenta. Com uma acidez muito interessante que lhe confere um final agradável e misterioso. Um desafio aos nossos sentidos com uma persistência notável
Uma óptima descoberta. Parabéns!
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Castas do Douro

Hoje venho falar de castas, as que escolhi são as típicas do Douro.

Deixo aqui uma breve explicação que retirei de um documento da Academia de Vinhos de Portugal (Vinhos de Portugal).

Tinta Roriz
Dá origem a vinhos tintos finos, elegantes com aromas de frutos vermelhos, ameixas e amoras, com taninos firmes e bom potencial de envelhecimento – poderá tê-la conhecido do outro lado da fronteira como Tempranillo. Chamada de Tinta Roriz no norte de Portugal, esta é uma das melhores uvas para o Vinho do Porto e vinhos tranquilos do Douro, sendo também importante na região do Dão. No Alentejo é chamada de Aragonês. É habitualmente uma casta de lote.

Touriga Franca
Dá origem a vinhos de cor densa, firmes mas ricos e aromáticos com notas florais e de amora preta. É uma das cinco castas oficialmente recomendadas para a elaboração do Vinho do Porto e é também utilizada nos lotes de vinho tranquilo do Douro – é de facto a uva mais plantada no Vale do Douro e é geralmente utilizada em lotes.

Touriga Nacional
Esta é uma das castas portuguesas mais conhecidas e difundidas no mundo. Dá origem a vinhos tranquilos firmes e ricamente coloridas (e vinho do Porto), com aromas complexos e sabores que lembram violetas, alcaçuz, groselhas e framboesas maduras, juntamente com um toque subtil, e herbáceo de bergamota. É uma casta de origem nortenha, sendo que tanto a região do Dão como do Douro a reclamam como sua, mas hoje em dia é plantada em todo o Portugal. Tem um bom potencial de envelhecimento.




Fica o desafio para quando beberem um vinho do Douro tentarem sentir as especificidades destas castas.

Espero que gostem.


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Casaboa Homenagem 2005 (Sociedade Agrícola Quinta da Casa Boa)

Queria beber algo diferente, desconhecido e desafiante. Consegui.

Tinham-me oferecido uma garrafa de Casaboa Homenagem 2005, num daqueles dias que queremos fugir ao convencional, queremos ser surpreendidos, procurava uma garrafa, na minha humilde garrafeira que o pudesse fazer, encontrei esta.

Preparei os copos, a garrafa estava já à temperatura ideal, era então hora de a provar, a acompanhar um jantar que se revelou pouco capaz de acompanhar um vinho que pedia mais.

Um vinho de 2005 que me deixava apreensivo, "será que ainda está em condições?". Na cor mostrou-se escuro, limpído e muito apelativo. No nariz, fiquei um pouco assustado, porque sentia a idade, percebia que os anos tinham passado por ali. Fui rodando o copo diversas vezes e esperando um pouco antes de passar ao próximo passo. Ainda no aroma, sentia um certo vegetal e frutos secos. No sabor, tal como gosto, um desafio, um vinho diferente, puxava por todos os nossos sentidos, fazia lembrar terra molhada, frutos secos e ameixa muito madura, deixava uma acidez interessantíssima que se prolongava no tempo.
Apesar de ser um vinho onde já se começava a notar a idade, o vinho tinha ainda muita estrutura e garra.

Percebo que seja um néctar que não é fácil, mas para quem gosta de ser desafiado, de provar um vinho que foge aos estereótipos, este é o ideal.

Se estava assim um 2005, o 2007 deve estar ainda melhor.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Crochet 2011

Duas grandes enólogas juntaram-se para “costurar”, usaram as suas melhores “agulhas” e criaram uma obra-prima de grande caráter, o Crochet 2011.

Numa encosta típica e emblemática, as vinhas velhas da Quinta do Barão crescem e produzem em todo o seu esplendor as uvas selecionadas a dedo para participar nesta equipa como a linha utilizada pelas enólogas, na criação deste Crochet que de ponto em nó se revela um vinho de cor carregada, condensada, consistente.


O potencial da matéria-prima aliado à experiência das enólogas Sandra Tavares e Susana Esteban, numa harmonia de aromas e sabores, que na complexidade do Douro, foi tricotada com mestria e elegância numa peça histórica, pela qualidade e também pelas 3 300 garrafas apenas, que aconselho a procurarem antes que esta obra esgote.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Quinta do Crasto Vinhas Velhas 2010



Há vinhos que devem ser bebidos sentados...

Esta frase é muito pertinente.Vou contar um história que dá um bom exemplo desta verdade.

Na noite de passagem de ano fizemos uma prova cega, uma brincadeira que é sempre bastante divertida e informal, onde cada pessoa leva uma garrafa que é posta à prova. Íamos provando e dando cada um a sua pontuação, no final foram revelados os resultados.

Para minha surpresa este Quinta do Crasto Vinhas Velhas 2010, tinha ficado na 8º posição em 9 vinhos, fui ver a nota que eu tinha dado, foi boa mas não foi óptima. Quis tirar a "prova dos nove" e provei novamente, realmente o vinho nesse dia não estava no seu esplendor, sentia-o fechado, preso de sabores e aromas. Fui (felizmente) convidado a levar a garrafa, que também, por estranho que pareça, estava quase cheia. 

Guardei a garrafa e como tinha um jantar de entrada de ano, levei-a para ver o que acontecia. O que aconteceu foi magia, um vinho que estava no dia anterior fechado, com uma acidez muito presente, no dia seguinte estava no seu esplendor, robusto, carnudo, aliciante. Um vinho que mereceu ser bebido com atenção, sentado com calma à mesa. Acho que uma das razões do seu insucesso na noite anterior foi esta, é um vinho que precisa de "atenção" de ser bebido "sentado".

Que boa maneira de entrar em 2014.
BOM ANO!