sexta-feira, 15 de junho de 2012

Beato Nuno 2002 (branco) vs Tinto Talha 2001 (tinto)

Uma coisa muito interessante aconteceu.

No outro dia, tínhamos dois vinhos preparados para o jantar, o primeiro, desconhecido onde as expectativas eram baixas ou nenhumas, um vinho branco de 2002, até achámos que podia estar passado. Depois um tinto, com algum nome, de um produtor conhecido onde estávamos com alguma expectativa, um tinto de 2001.

Começámos com o Branco (Beato Nuno 2002), mesmo antes de começar a jantar (ainda nos ia acompanhar durante o mesmo), pelo aroma, pouco perceptível, podemos deduzir que o vinho estava em condições para ser bebido, mas como não era intenso ficámos ainda na dúvida. Provámos, a primeira impressão é que era bastante agradável e as seguintes foram surpreendentes, o vinho evoluía com o tempo e ia-se fundindo com a comida de forma graciosa. O prazer que nos deu este branco desconhecido foi imenso.

Depois avançámos para o tinto (Tinto da Talha 2001), o aroma deixou-nos apreensivo, fazia lembrar, já, um vinho do Porto, quanto ao sabor, era estranho e decepcionante. Descemos vários degraus e caímos num tombo desta expectativa que trazíamos connosco.

O primeiro vinho fez-nos voar, levitar numa surpresa onde o vinho e a comida se uniam num só, o segundo, foi um balde de água fria, que nos acordou e atirou violentamente para o chão, onde já só sonhávamos com o primeiro vinho e olhávamos para uma garrafa por beber que só servirá para temperar.

domingo, 3 de junho de 2012

Adega da Caridade 2009

Seguindo a sugestão deixada na última conversa á volta do vinho, onde ficou o desafio para provar e descobrir o que há por desvendar neste grandioso mundo, fugindo ás modas que nos são "impostas".
Tive a oportunidade de provar um vinho ideal para poder seguir este conselho, um vinho muito agradável e que, para mim, foi surpreendente, um vinho que foge ao estereotipo dos vinhos do Ribatejo, muito interessante.

É curioso provar um vinho desta forma, não ter qualquer expectativa, por não conhecer ou por não ter lido nenhuma nota de qualquer "especialista". Bebemos com uma mente mais aberta e totalmente desformatados. Posso dizer que bebemos com mais verdade.

Este vinho tinha um aroma bastante químico que nos levava a pensar que ia ser um vinho muito áspero e agressivo, mas o sabor, foi o que nos fez parar, beber novamente, cheirar, beber outra vez e concluir que realmente o vinho é mesmo muito agradável, "guloso", apetitoso. Viu-se que sim, acabámos a garrafa em três tempos, é tão bom beber um vinho assim, sem saber o que nos espera e no fim... acabar a garrafa e procurar um furo a ver se verteu para algum lado porque nos soube a pouco.

Vou deixar, também, este repto para que provem sem preconceitos e sem expectativas, existem produtores que merecem esta oportunidade, este é um deles.