segunda-feira, 28 de maio de 2012

Quinta do Monte Bravo Grande Escolha 2007

MEU DEUS... desculpem a blasfémia, mas não me ocorre mais nada depois de provar o vinho que provei.

2012-05-21 22.51.43.jpgEm casa, com os meus sogros, fui preparando o jantar enquanto o vinho atempadamente estava a refrescar (a baixar alguns graus para que ficasse na temperatura correcta para a degustação). Escolhi os melhores copos que tenho, para um vinho que os mereceu.

Entretanto fomo-nos deliciando com um requeijão de Seia e uma mini para refrescar, o melhor requeijão do mundo e uma boa mini a acompanhar, belíssimo.

O jantar, uns peitos de frango com molho picante e arroz de alho francês com feijão preto e coentros, também foi um sucesso.

Agora o vinho... a cor era apelativa, o cheiro era maravilhoso. E agora... cheira melhor do que sabe? ou sabe melhor do que cheira? Foi possível, ainda era melhor do que cheirava, deixou um leigo como eu sem palavras, para que possa passar de forma correcta as sensações que me foram transmitidas. Um vinho que "casou " com a ementa de forma divinal onde a iguaria não ofuscava o vinho e vice versa, ambos salientavam o que de melhor existia no outro.

Para o meu sogro as palavras por ele emitidas dizem tudo "o melhor vinho que bebi nos últimos tempos", ás vezes uma pequena frase diz mais sobre um vinho do que grandes dissertações, acho que esta nos diz tudo.

Este vinho foi-me há tempos oferecido, por isso estive a tentar descobrir onde o poderia comprar, quero mais deste néctar, mas não foi possível, não se consegue encontrar nada sobre este vinho, por favor não deixem que seja a última e primeira vez que o provei.

Tenho a dizer a este Monte Bravo, Bravíssimo parabéns.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Conversas à volta do vinho - O vinho por trás do rótulo

Mais uma conversa á volta do vinho na ordem dos engenheiros (a segunda), outro evento de sucesso.

Desta vez o Prof. António Monteiro foi o maestro com a preciosa ajuda do Prof. Virgílio Loureiro. Num tema desconcertante que deixou a plateia a pensar e a ver o vinho, os críticos e os rótulos de forma diferente. Eu sei que estou...

O desafio para os presentes foi que provem e que sejam críticos não se deixem levar pelas opiniões dos outros, nem ficar formatados pelos rótulos e pelos críticos.

Ficou presente o desafio do desligamento dos líderes de opinião que vão criando modas, não nos deixando descobrir as agradáveis surpresas que existem neste mundo maravilhoso.
Provar é a palavra de ordem e provar de forma diferente, tentar descobrir a singularidade de cada vinho e respeitar quem o faz, não classificando porque não estamos num exame e estamos sim num momento de descontracção. Sim devemos analisá-lo: "o vinho sabe melhor do que o que cheira?" ou "o vinho cheira melhor do que o que sabe?" será este o início das nossas próximas viagens.

Foi defendido que podemos e devemos seguir um produtor, que deve ser uma referência (mesmo havendo boas e más surpresas), saber quem fez, porque o fez, como o fez.

Aprendi uma noção que é utilizada ao desbarato, o Terrior. Que não é mais do que a identidade ou a individualidade de uma região, que deve ser respeitada. Seria muito positivo nós bebermos um vinho e sabermos apenas pelo seu sabor de que região tratava. Apenas porque a sua identidade no momento da concepção do vinho foi mantida, para isso deverá ser o menos modificado possível (não abusar na madeira, usar leveduras da região, decantação natural, etc...). Um vinho muito modificado perde a singularidade e fica igual a todos os outros. Dava aqui para escrever muito mas espero que dê para perceber com estas breves palavras.

Não foi só conversa, também provámos.
Começamos de forma muito engraçada com a questão de que falámos no inicio:
"o vinho sabe melhor do que o que cheira?" ou "o vinho cheira melhor do que o que sabe?" 

Foram tiradas notas durante a prova, por isso quando escrevo não sabia o que estava a beber.

Foram servidos ao mesmo tempo dois vinhos brancos. O exercício começou, o 1º vinho o aroma era pouco marcante até desagradável, o segundo, aroma intenso a frutos (pêssego e maracujá), a prova o 1º era seco, refrescante, divino, adorei, sabe muito melhor do que cheira, com o tempo a passar o vinho ia melhorando e com ele o cheiro. O 2º sabor pouco apelativo desilusão um refresco para dias de calor, com o tempo a passar o cheiro igual o sabor na mesma.
Agora os rótulos, o 1º era um vinho do Pico, Vinho da Resistência, casa de Brum o 2º era Tons de Dorum.

Depois de mais conversa, seguiu-se nova prova, mais dois vinhos brancos. (nota: cheiro os dois primeiro antes de provar)

O 3º vinho, adorei o cheiro (não por ser frutado, nem por achar ser feito para vender, mas por ser um cheiro de um tipo de vinho que gosto. Aroma seco podia dizer que era um vinho já com alguns anos. O sabor (ENGANOU-ME) depois de falarmos descobri que tinha madeira e o cheiro com mais atenção cheira menos bem. Prova não foi tão bom como esperava, é um vinho agradável, muito bem feito, mas de qualquer forma foi uma decepção. O final era curto e doce. Um vinho feito para vender afinal.

O 4º Vinho, cheiro não tão agradável (para mim) do que o 1º. Parece mais novo. A prova deixou-me boquiaberto, sabe melhor do que cheira. Surpreendente e final longo. (a respeitar o terrior). Este vinho enganava-me numa prova com um copo preto, podia dizer que era tinto.

Os 3º era Quinta dos Carvalhais Colheita seleccionada 2007 e o 4º era G Graça 2009 Viosinho.

Não parámos aqui o 5º vinho, um tinto.
Aroma era pouco intenso. Gostei da cor. O sabor, sente-se muito os taninos, ácido, mas adoro tem um sabor único, diferente, vou comprar (ainda não sei qual é o vinho nem o preço).
O sabor parece que explode na boca, com todo o sabor a percorrer a boca. Aromático, longo e perfumado.

Este grande vinho é G. Graça 2009 Tinto Cão, ainda não está em comercialização.

Este vinho não foi feito para agradar a todos, não é um vinho fácil.
Foram escolhidos uns socalcos no Norte do País para plantar as vinhas, em local onde mais tarde as uvas amadurecem, com intenção da uva amadurecer lentamente e permitir uma colheita tardia.
Foi vindimada a 28 de Outubro.

Deixo, mais uma vez, o agradecimento ao Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia Agronómica pelo convite, esperando ansiosamente pelo próximo sucesso garantido.

terça-feira, 22 de maio de 2012

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