quarta-feira, 23 de abril de 2014

Foz Torto 2010, um vinho gastronómico



Um projecto que até podia dar para o torto, mas felizmente torto só ficou com o nome...

Um engenheiro informático larga tudo em Lisboa para se dedicar à sua paixão, o vinho. Valeu a pena a coragem e dedicação, uma experiência a não perder!

A história desta prova começa na ida a um restaurante que simpaticamente aceitou que levássemos a garrafa sem sequer cobrar taxa de rolha, o Cantinho de S. Pedro. Depois de nos deliciarmos com as óptimas entradas, acompanhadas com uma imperial, passámos ao primeiro prato: uns crepes de lagosta, onde o vinho teve a sua primeira prova. 
Tenho de confessar que a sintonia entre o vinho e este prato não se fez sentir na perfeição, as características que mais tarde descobri no Foz Torto não se destacavam, eram como um casal que não era feito um para o outro, o vinho mostrava-se um pouco rude, deixando-me apreensivo. Passámos a um entrecote marchand de vin, onde encontrou o par ideal, a sua alma gémea, todo o seu potencial era elevado ao seu expoente, o vinho passou a um esplendor único, sobressaia o sotaque apimentado que nos confundia os sentidos, lembrando terra molhada, com uma acidez muito interessante que tornava o seu final inesquecível. Um casamento perfeito onde cada um fazia despertar o que de melhor o outro tinha.

Foz torto 2010, um vinho que foge ao convencional, um bom parceiro a mesa com pratos de carne, cheio de especiarias, com toques de pimenta. Com uma acidez muito interessante que lhe confere um final agradável e misterioso. Um desafio aos nossos sentidos com uma persistência notável
Uma óptima descoberta. Parabéns!
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