Venho-vos
contar uma história ... Como conheci um dos meus actuais vinhos de
eleição.
Há
muito, muito tempo, numa terra longínqua, bem… não foi há muito tempo foi no
Verão de 2011, também não foi numa terra longínqua, foi em Palmela. Uns tios
nossos convidaram-nos para um almoço, sempre divertido e barulhento, somos
muitos e gostamos de estar juntos. Nesses almoços, sempre cá fora (quando o
tempo nos deixa), normalmente, os vinhos abertos são da zona. Mas nesse dia
estava na mesa uma garrafa diferente, para ser sincero não olhei muito para
ela.
Os
copos eram pequenos, tudo menos próprios para um bom vinho (muito menos para
este, mas não foi necessário). Servimo-nos e antes de beber, como faço sempre
cheirei o vinho, tinha um aroma caramelizado e fumado, fiquei a pensar que era
por me estar a apetecer, mas quando o provei, tive de o provar novamente, não
estava a acreditar, perguntei o que seria? Peguei na garrafa para ver o que
era, para me lembrar, tinha de o comprar, tinha do o ter.
Era
maravilhoso, num copo impróprio, no meio da confusão, dos mergulhos, do cão que
dormia… descobri Telhas de Terra d´Alter, tão diferente, tão bom, um vinho
completo, cheio, que me deixou extasiado a querer mais, a cor, o cheiro, o
sabor tudo neste vinho era harmonia, elegância, uma qualidade que não deixa
ninguém indiferente. Sentimos a madeira, mas não se sobrepõe á fruta, que se
sente madura. O sabor é exótico cheio de nuances de especiarias e frutos
vermelhos, acaba com um final longo e com notas de baunilha. Estou a pensar no
que mais posso dizer para vos descrever a sensação que me deixou, mas as
palavras são poucas para a graciosidade deste vinho. Como calculam tive de o
ter e vivemos felizes para sempre.
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