O mundo do vinho, como tenho sempre defendido, é imenso e
cheio de mistérios, onde quem entra vai percebendo que pouco sabe desta imensidão.
Venho tentar ajudar, dentro de todas as limitações que tenho.
Relativamente às castas tintas, é importante definir o nosso
estilo, se gostamos de tintos firmes e robustos ou se por outro lado
privilegiamos a elegância e os vinhos frutados.
Exemplos de castas tintas firmes es robustas são:
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Touriga Nacional – aromáticos, herbáceos, encorpados
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Castelão – Frutados com arma de framboesa, notas
de cedro com a idade
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Touriga Franca – densos, perfumados, com taninos
aveludados
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Baga – tintos intensos, firmes e com longevidade
Exemplos de tintos mais elegantes e frutados:
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Tinta Roriz ou Aragonez – atraente, frutos
vermelhos
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Trincadeira – Cor viva, aromas a framboesa
Escolhi a Baga para apresentar hoje, uma casta amada ou
odiada. Uma casta típica da Bairrada e de vinhos de guarda. Cada vez me
conquista mais.
Baga:
“Esta casta de amadurecimento tardio dá frequentemente origem a tintos
magros e tânicos que podem ser adstringentes quando jovens, mas que ganham
complexidade com a idade. Em anos mais quentes ou devido a um hábil processo de
amadurecimento e vinificação, a casta Baga pode produzir vinhos tintos densos
com notas de cerejas damascos, e que com o envelhecimento ganham sabores mais
complexos e fumados. A sua área mais importante é a Bairrada, mas também cresce
em outros lugares das Beiras, incluindo o Dão. É também utilizado como base
para vinho espumante.” Fonte: Vinhos de Portugal.