No outro dia estava a degustar um
delicioso cabrito com um bom vinho, na mesa a opinião era que esse vinho era de ótima
qualidade (o que também concordo) e que estava muito bem com o prato, nesse
ponto discordei, dizia aos restantes que gostava do vinho, mas que se perdia
com o sabor e a gordura do cabrito.
Quando essa garrafa acabou, tinha
preparado uma garrafa de Quinta Vale da Raposa Sousão 2011, abri, servi... e
logo na 1ª aparência surpreendeu pela cor carregada e brilhante (não seria de
esperar outra coisa, desta casta tintoreira, usada no alto Minho para o famoso
vinhão, bebido em malgas), o aroma era intenso, no inicio algum químico, depois
a hortelã-pimenta, a elegância e a frescura. Agora o surpreendente: já com uma
boa dose desta iguaria degustada, provei o vinho e magia aconteceu: o cabrito
passou a um patamar onde ainda não tinha chegado antes, o casamento deste
vinho com este prato foi divinal, foram feitos um para o outro, cada um fazia sobressair
o melhor do outro. A desvantagem é que tivemos de acabar a travessa (que era bastante),
é que não era possível parar de juntar esta harmonia. Um vinho muito
gastronómico, arrebatador, com um final longo e fresco.
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